Iza lembra falta de referência negra: “Cresci ouvindo que meu cabelo era ruim”


Iza (Foto: Reprodução Instagram)
uando Iza era criança, ela queria se reconhecer em todos os lugares, nas novelas, nos desenhos e capas de revista, mas isso não acontecia. A cantora percebia que algo estava fora do eixo e que precisava trabalhar duro para mudar isso. Hoje, aos 28 anos, ela lembra que era muito raro encontrar uma boneca, tipo Barbie, negra e as que existiam era muito caras.
“Quando eu via as revistas que vendiam produtos de beleza não tinham crianças negras. Todos os brinquedos eram lindos e fofos, mas não tinham da minha cor. Eu achava que era um problema comigo e isso era bem complicado. Desde criança a gente sente”, comenta.
uando Iza era criança, ela queria se reconhecer em todos os lugares, nas novelas, nos desenhos e capas de revista, mas isso não acontecia. A cantora percebia que algo estava fora do eixo e que precisava trabalhar duro para mudar isso. Hoje, aos 28 anos, ela lembra que era muito raro encontrar uma boneca, tipo Barbie, negra e as que existiam era muito caras.
“Quando eu via as revistas que vendiam produtos de beleza não tinham crianças negras. Todos os brinquedos eram lindos e fofos, mas não tinham da minha cor. Eu achava que era um problema comigo e isso era bem complicado. Desde criança a gente sente”, comenta.
Iza (Foto: Reprodução Instagram)
Outra vontade que passou no mesmo período foi de colocar próteses de silicone nos seios. Ela fala que desistiu porque era influenciada por um padrão estético de beleza que considerava bonito.
“Eu queria me adequar àquilo para que me achassem bonita também. Fui pesquisar sobre valores e repensei sobre o assunto. Que bom eu tive essa clareza de entender que não o que eu realmente queria a ponto de passar por uma cirurgia e, depois, voltar atrás. Eu entendi que não partia de mim, mas algo mais da sociedade.”
Para as suas seguidoras, Iza deixa um recado de empoderamento expressado pelas suas músicas e discursos nas redes sociais. Segundo ela, a receptividade é instantânea e as meninas veem que tudo é possível para elas também.
“Elas se sentem representadas pela minha aparência, dizem que passaram a usar tranças ou deixaram de alisar os cabelos por minha causa e isso é muito bonito. Vejo que muitas ainda são crianças e me vejo no lugar delas. Penso que isso teria sido importante para mim nesta idade também”, finaliza.